Com o avanço do mercado de criptoativos, novas formas de utilizar essas moedas digitais têm surgido, inclusive no setor de crédito. Uma das inovações que vem ganhando espaço é o empréstimo com bitcoin como garantia, uma alternativa que permite aos investidores obter liquidez sem vender seus ativos digitais.
Essa prática funciona de maneira simples: o usuário oferece suas criptomoedas como colateral (garantia) em uma plataforma especializada. Em troca, recebe um valor em dinheiro, geralmente em moeda fiduciária ou stablecoin, proporcional ao valor depositado. O ativo digital permanece bloqueado até que o empréstimo seja quitado. Em caso de inadimplência, a garantia é liquidada pela instituição que concedeu o crédito.
Como funciona o empréstimo com bitcoin?
A estrutura básica de um empréstimo bitcoin envolve três partes:
- O mutuário: pessoa ou empresa que deseja captar recursos sem se desfazer de seus bitcoins;
- A plataforma de empréstimo: normalmente, uma exchange ou protocolo DeFi que intermedia a operação e cobra taxas de juros sobre o empréstimo.
- O colateral: geralmente, uma quantia em bitcoin, que será bloqueada durante o período do empréstimo.
A grande vantagem está na preservação do patrimônio. Em vez de vender os ativos e perder a possível valorização futura, o investidor apenas os compromete temporariamente. Isso se mostra ainda mais interessante em momentos de tendência de alta, quando a expectativa é de aumento no preço do bitcoin.
Vantagens da modalidade
Além de preservar o potencial de valorização dos ativos, o empréstimo com garantia em criptomoedas oferece outras vantagens:
- Agilidade: os processos são digitais, com alta liquidez e mais rápidos do que os empréstimos bancários tradicionais;
- Acessibilidade global: qualquer pessoa com bitcoin pode utilizar o serviço, independentemente de score de crédito;
- Custos competitivos: a taxa de juros costuma ser menor em comparação a outras modalidades de crédito pessoal, especialmente para clientes com bom nível de colateral.
No entanto, é essencial que o usuário esteja atento à volatilidade do mercado. Caso o valor do bitcoin caia significativamente, será necessário aportar mais garantia para manter o contrato ativo, prática conhecida como margin call.
Segurança e cuidados
Como toda operação envolvendo criptomoedas, é fundamental escolher plataformas confiáveis e com boa reputação no mercado. Alguns serviços utilizam contratos inteligentes para automatizar o processo, oferecendo mais segurança, enquanto outros operam sob custódia centralizada.
Também é importante ler atentamente os termos do contrato, conhecer a taxa de liquidação, o nível de colateral exigido e o prazo para pagamento. Assim, é possível evitar surpresas e utilizar o empréstimo bitcoin como uma solução estratégica de liquidez.
Com a crescente adoção de criptoativos no país e o amadurecimento da regulação, esse tipo de operação tem potencial para se tornar mais comum entre investidores brasileiros. O uso do bitcoin como garantia pode beneficiar desde usuários individuais até empresas que atuam no ecossistema digital, oferecendo uma alternativa eficiente de crédito.